Quando comecei a recriar meu site pessoal, lhe dei um nome: Baú do Aloísio. E até fiz uma brincadeira, na sua descrição: Ainda não morri, mas meu baú eu já abri!
Ter um site com meu nome, sendo tão desconhecido e não divulgando o que produzo, não faz. Faria mais sentido ter uma rede social e tal, como pessoas “normais” fazem… Mas ter um site intitulado “Baú do Aloísio”, fez menos sentido ainda. Então voltei a usar só o meu nome para identifica-lo.
Um baú, normalmente está visível e disponível ao acesso dos outros. Mas, por respeito ao seu dono e/ou ao seu conteúdo, ninguém mexe. Existe a compreensão de que aquele conteúdo, ali guardado ou escondido, só deve ser acessado pelo seu dono/autor. Podem ser recordações, ideias inacabadas ou não desenvolvidas, fotos, objetos e/ou segredos… O baú fica ali quietinho, acumulando poeira sobre e criando mofo dentro, até que a pessoa morra. Aí a família ou quem quer que herde o baú decida o seu destino.
O destino dos baús, é incerto. Quando a pessoa, pela sua vida e/ou obra, desperta algum interesse no próximo, o seu baú se torna relevante. Quando a pessoa, apesar de não despertar interesse pela sua obra, desperta pela sua vida, o baú ganha sobrevida, acumulando poeira e mofo na casa de alguém próximo. Mas, para os reles mortais, como eu, que não despertam interesse nem pela vida e nem pela obra, o destino mais provável do seu baú, é o lixo.
Caraca… Se é para ir parar no lixo, deixa eu abrir logo esse baú e mostrar o que eu tenho por dentro. Talvez falte qualidade e talento ao que produzo, mas sobram músicas, textos e outras coisinhas…
Para quem estou abrindo o meu baú? Estou me abrindo? Me expondo? Não sei…. Provavelmente, para ninguém. Um site, sem divulgação, não é tão diferente de um baú tampado, guardado no porão ou sótão da casa. Mas eu me sinto bem, aqui, tão guardado e tão à vista e ao alcance de todos!
Eu já produzi, no passado, pensando no outro. E já divulguei o que fazia. Tive dois outros sites e um blog, tive Facebook e página do artista, já participei de grupos de autores e divulgação e até me inscrevi em concursos… Mas ninguém nunca curtia minhas poesias e artigos, ninguém elogiava ou comentava minhas composições ou músicas, ninguém me incentivava a continuar produzindo. Me senti frustrado, muitas vezes. Cheguei a jogar fora muita coisa e, mesmo, a parar de escrever e compor.
Mas eu tenho uma ânsia em mim, de criar e de me expressar. E gosto do que eu faço! Por isso, hoje, mesmo que pareça sem sentido ou maluquice, eu continuo produzindo… Para uma única pessoa: Para mim!
Enfim, eu não preciso de um site, eu preciso de um baú. E este site, apesar de não ter mantido o nome “Baú do Aloísio”, é o meu baú. Um site fantasma, de um Aloísio – um eu – fantasma, que precisa de um baú digital fantasma para guardar:
■ Meu luxo
■ Meu lixo
■ Meu melhor
■ Meu pior
■ Minha criatividade
■ Minha falta de noção
■ Meus projetos
■ Minha vida
■ Meu lado “B”, que ninguém vê
■ Etc & tal…
Seja o que for, como for e para o que for… Este baú não tem tampa!
Conheça minhas músicas, textos e “artes”:
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